Ontem vieste.
Nem te reconheci quando entraste.
Não eras tu que tinhas acabado de entrar, nada em mim te reconheceu.
Não estava lá o sorriso, não estava lá o doce da tua expressão.
Senti-te com mais 30 anos.
Só quando te aproximas-te, só quando senti o teu calor, o teu cheiro…
Tudo em mim te reconheceu.
Tinhas uma barba de dias, uma ruga sulcava-te a testa.
Uma ruga de quem anda sempre de semblante carregado!
Mas quem és tu?
O que fizeste ao meu amor?
De onde surgiu essa ruga?
Ganhei coragem, perguntei-te de onde tinha urgido essa ruga.
Não tiveste resposta e eu não consegui perceber!
Se a escolha foi tua, se estás como queres, se é o teu caminho como dizes.
Porque é que não estás bem??
Senti-te no fundo.
Assustei-me.
Não te quero assim.
Quero-te bem por favor.
Hoje ainda te amo.
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